Nunca sabemos quando acaso ou
premeditação fazem nossa vida cruzar-se com a vida de outro alguém, o impacto
que tal terá.
Há choques que são animais.
Absolutamente irracionais, como já escrevi um, embora não em Sacal e sim em
Contas. Quantidade de sentimento independente de simples massa e velocidade.
Outros, construídos. Em tempo maior
ou menor, fazendo deles um continuado de efeitos, dos colaterais e dos que marcam sempre
a direito.
Alguns, imaginados. O que faz com
que pertençam à cabeça de onde nasceram. Dependentes.
De outros, só nos apercebemos da verdadeira
magnitude do seu embate, quando se vão.
Impacto pode ser explosivo,
instantâneo, feito BUUUMMM!, com sempre mais, pelo menos uma, do que zero
casualties.
OK.
Ou pode ser erodido, lento,
sobe maré, desce maré,
sobe maré, desce maré,
arrasta-se, inerte,
rebola, inerte,
desfaz-se, inerte,
nunca inerte. Móvel,
transformando-se. Demarcando-se e marcando.
A distracção pode ser remédio ou
cancro. Mas, se de novo atentos, por ausência ou por choque, recordamos,
lembramos, porque marcados.
Por impactos, choques ou embates de uma vida que se cruzou com a nossa. Num ou mais marcados tempos.