quinta-feira, 6 de julho de 2017

"forgive and forget"


Em jovem (na verdade, eu era a mais nova), em aula de inglês, o tema para discussão foi “forgive and forget”. Ao contrário de outros muitos temas e convicções que se foram alterando nestes anos, não alterei (ainda?) o que então discordei. Por sermos seres racionais, conseguimos, efectivamente, perdoar (os cães, aqueles animais de que tanto gostamos e que teimam em nos serem fiéis, não perdoam – simplesmente regressam). Aliás, até esquecemos ter perdoado. Por sermos biológicos e com espaços no cérebro que nos ocupam mesmo não nos apercebendo, não esquecemos, propriamente. À parte o “alemão”, infelizmente tão conhecido de tantos (menos daqueles que realmente o vivem). Apenas não nos recordamos com martírio. Deixa de nos aparecer em sonhos. Deixamos de palpar. Porque, para perdoarmos, foi porque houve um percurso entre o momento em que nos magoámos e aquele em que perdoámos. Se não tiver existido esse percurso, apenas regressámos. Como o cão. E, tal como nos lembramos dO momento, também lembramos o percurso. Para além do Amor. Esse não entra automaticamente aqui.
Perdoar não pode ser passe de mágica.

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